terça-feira, 29 de janeiro de 2013

8 fatos que selaram o destino das vítimas de Santa Maria

Foram 234(atualizado até 29/01) mortes no incêndio que deixou o Brasil e o mundo de luto. Veja a sucessão de erros que selou os destinos de quem não sobreviveu à tragédia.
São Paulo - A tragédia na Boate Kiss, em Santa Maria (RS), foi o segundo maior incêndio na história do Brasil - e o maior nos últimos 50 anos. Foram 231 jovens mortos em uma balada que abrigava uma festa universitária e trouxe show da banda Gurizada Fandangueira. A polícia ainda está apurando as causas do incêndio, mas alguns fatos contribuíram para selar o destino das vítimas. Confira:

1. A casa estava superlotada
A Boate Kiss tem capacidade para 691 pessoas, mas, no momento do incêndio, havia entre 900 e 1.000 pessoas. A superlotação dificultou a saída das pessoas, que se amontoaram em pânico. Muitas morreram pisoteadas.
2. A banda usou um sinalizador em local fechado
O lugar não era apropriado para show pirotécnicos. O "sputnik", espécie de sinalizador usado pela banda, não pode ser usado em ambientes internos - o aviso vem no rótulo do produto, segundo a Associação Brasileira de Pirotecnia. Além disso, o uso de pirotecnia em ambientes fechados precisa de autorização do corpo de bombeiros.
3. O teto da casa noturna continha material altamente inflamável
O revestimento acústico da casa em Santa Maria era feito de um material um pouco mais barato do que o não-inflamável. Quando o incêndio começou, em questão de minutos o teto foi consumido e o produto altamente inflamável gerou uma fumaça preta e tóxica. A maioria das pessoas na Boate morreu asfixiada e os sobreviventes ainda correm riscos de desenvolver pneumonia química.
4. A Boate Kiss não tinha estrutura para lidar com incêndios
Segundo relatos de testemunhas, logo no início do incêndio um dos membros da banda tentou apagar as chamas com um extintor de incêndio da casa, que falhou. Além disso, especialistas indicam que uma casa do tamanho da Boate Kiss deveria ter alarmes de incêndio com sensores de fumaça e mecanismos instalados no teto que esguichassem água.

5. Luzes de emergência não acenderam
De acordo com os sobreviventes, quando as luzes da Boate se apagaram, não havia luzes de emergência nem indicadoras da saída. Muitos foram pisoteados, não conseguiram encontrar a saída ou confundiram as portas e acabaram morrendo no banheiro. 
6. Havia apenas uma saída
A porta de saída era pequena demais para dar vazão à quantidade de pessoas que estavam dentro da Boate superlotada. Mal sinalizada, localizada próxima às portas dos banheiros e em uma ponta da casa noturna, a saída acabou inacessível para os 231 que morreram no incêndio. Além disso, as portas também eram as únicas saídas de ar, e bombeiros tiveram de quebrar as paredes de concreto para tentar aliviar a quantidade de fumaça dentro da Kiss.
7. Seguranças não estavam preparados para instruir as pessoas
Nos primeiros momentos do incêndio, os seguranças das portas não permitiram a saída das pessoas com medo que elas não pagassem suas comandas. Faltou um simples comunicador de rádio para que seguranças internos avisassem seus colegas. Mesmo quando a saída foi liberada, os seguranças não tinham preparo para lidar com a emergência.
8. Os bombeiros não tinham equipamento adequado
De acordo com especialistas, os bombeiros não tinham equipamentos necessários para lidar com a quantidade e o tipo de fumaça gerada pelo incêndio. Os primeiros a atender a ocorrência não conseguiram entrar na Boate e muitos chegaram a passar mal. Faltavam aparelhos de respiração autônoma para entrar no ambiente. 
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