quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Médicos empregam teias de aranha na cirurgia reconstrutiva



Os índios sul-americanos já conheciam as propriedades curativas das teias de aranha. Ultrarresistente, flexível e biodegradável, a seda da "Nephila clavipes" permite restabelecer fibras nervosas ou tendões rompidos.
Teias de aranha são verdadeiras obras de arte. Num antigo escritório da Faculdade de Medicina de Hannover, 30 dessas estruturas, com até um metro de diâmetro, pendem de galhos altos, encostados nas paredes. No centro de cada uma está pousada uma aranha do gênero Nephila, comum na América do Sul, com as pernas rajadas de negro e medindo um palmo.
Fêmeas do gênero "Nephila" alcançam um palmo de tamanho
Com habilidade, Christina Allmeling retira da teia uma das aranhas e a leva para a sala ao lado. Debatendo-se, o animal é fixado com uma compressa de gaze presa por pequenos alfinetes, de modo que apenas seu abdômen fique exposto.
Logo Allmeling encontra a ponta do fio de seda e a puxa para fora, explicando que o procedimento não causa qualquer dor à aranha. Então, cola o fio ultradelgado numa espécie de roda de fiar movida a eletricidade, com 30 centímetros de diâmetro.
A pesquisadora liga o aparelho. "A aranha produz seda em uma de suas sete glândulas fiandeiras. Ela própria não tem como interromper essa produção", explica. A quantidade de seda extraída, que pode chegar a até 200 metros, depende, em primeira linha, do tamanho do animal, mas também de sua alimentação.

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