(Um
texto pra quem gosta de pensar)
Muitos
enxergam a vida sob a ótica do fatalismo. Ou seja,
segundo
esta corrente, seríamos todos nós meras vítimas
do
meio em que vivemos, do sistema político, econômico, de decisões unilaterais
tomadas por Deus ou de qualquer outro fator externo alheio a nossa vontade.
A
verdade é que ou acreditamos que somos autores de nosso próprio destino ou
somos apenas uma latinha de CocaCola jogada de um lado para o outro, navegando
a deriva ao sabor do vendo e das ondas do fatalismo determinista.
Não
costumo falar de religião por aqui, mas como o próprio conceito desta corrente
exige, peço licença para falar sobre Deus. Respeito os que se posicionam como
ateus e mesmo não sendo esta a minha posição pessoal pelas evidências, crenças
e experiências vividas, não vou abrir esta discussão neste post, mas sim me
dirigir aos que como eu também acreditam em Deus como arquiteto do Universo.
Estudado
pela filosofia, psicologia, física quântica, dentre outras fontes de
conhecimento científico e religioso, o livre arbítrio é a matéria prima que
combate de forma veemente os argumentos fatalistas. Segundo o livre arbítrio,
somos autores de nossas decisões e estas desencadeiam suas respectivas
consequências. Causa e efeito, ação e reação, planta e colhe... Ou seja,
segundo esta corrente, acreditar em Deus e ao mesmo tempo pressupor um controle
totalitário e fatalista seria no mínimo associar a Ele a responsabilidade por
todas as nossas falhas e fracassos. Um enorme paradoxo.
No
meio religioso, é muito comum associar o fatalismo com a chamada vontade de
Deus, dando ênfase a afirmação de que "nenhuma folha cai sem que haja a
permissão de Deus", porém deixando de lado o fato de que, segundo os
próprios religiosos, a condição para se tornar um adepto de sua religião seja
necessariamente tomar uma decisão pessoal e intransferível de crer e seguir a
sua doutrina. Logo, se esta decisão é personalíssima e considerada fundamental,
do que seríamos vítimas a não ser de nossas próprias escolhas? Sendo assim, a
existência de uma vontade Divina em nenhuma hipótese anularia a capacidade e
autonomia que os seres humanos têm de cometerem acertos e erros.
Fazemos
escolhas e colhemos as consequências de cada uma delas, somos autores e não
vítimas. Temos a liberdade de escolher e a responsabilidade de arcamos com as
suas respectivas consequências. Escolhemos no presente e colhemos no futuro.
Assim, você pode prever o seu futuro, olhando para o que você está plantando
agora. Você pode mudar o seu futuro, mudando as suas escolhas neste exato
segundo.
Pra
não ficarmos apenas na filosofia, vamos para algo um pouco mais concreto:
Qual
tem sido a sua escolha, MELHORAR de vida ou MUDAR de vida?
MELHORAR
é manter-se conectado a um conceito antigo, apenas criando melhores condições
para continuar vivendo no mesmo status quo.
MUDAR
é romper com o velho em busca do novo. É colocar o insatisfatório a perder em
troca da satisfação futura, porém sem garantias.
MUDAR
é a essência do empreendedorismo. Já que não somos vítimas, temos escolha e o
livre arbítrio para conquistarmos o que desejamos, quem quer algo novo, precisa
ter a coragem de colocar em jogo o velho. Eu disse CORAGEM!
Neste
quisito, não dá pra ficar em cima do muro. Agarrar-se ao velho seria sinônimo
de abrir mão do novo. E a consequência dessa escolha acarretaria passar toda a
vida na mesma condição, lamentando-se porque não ousou, não correu riscos e não
rompeu com o velho, porque fez concessões quando ainda era jovem e acabou dando
no máximo uma melhoradinha, uma perfumada no cocô. Diga-se de passagem, quanto
mais se perfuma o cocô, mais ele fica fedorento...
Mas
o que é ainda mais nojento do que o próprio cocô fedorento é o péssimo hábito
de fazer-se de vítima, depois de todas as escolhas equivocadas feitas durante
toda uma vida, dizer que viveu de forma medíocre porque essa foi a vontade de
Deus...
Isso
eu chamo de fatalismo místico, conveniente e hipócrita.
Pense
com carinho.
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